Agrolink – Leonardo Gottems
Segundo a TF Agroeconômica, a soja opera em baixa na Bolsa de Chicago (CBOT), com o contrato para março a US$ 1.033,0 por bushel (-3,0). No mercado interno, o indicador Cepea subiu 0,32% no dia, alcançando R$ 131,25 por saca. A desaceleração das exportações dos EUA e a aceleração da colheita no Brasil pressionam as cotações. A Conab reportou avanço da colheita brasileira para 25,5% da área total, com Mato Grosso alcançando 47,3% e o Paraná superando o ritmo do ano passado.
“A soja está sendo negociada um pouco mais baixa nesta manhã em Chicago. Isso é influenciado pela desaceleração das exportações norte-americanas e pela maior agilidade demonstrada pelo andamento da colheita de soja no Brasil, fato que, por sua vez, começa a ser sentido sob a pressão do maior fluxo de mercadoria física no circuito comercial”, comenta.
O milho, por sua vez, registra alta leve em Chicago, com o contrato para março cotado a US$ 497,75 por bushel (+1,50), impulsionado pelo bom desempenho das exportações dos EUA e atrasos na colheita brasileira. No Brasil, a B3 recuou 0,33%, para R$ 80,48 por saca, enquanto o Cepea marcou R$ 79,62 (-0,30% no dia, +6,17% no mês). A Conab informou avanço da semeadura do milho safrinha para 35,7% da área planejada, enquanto a primeira colheita atingiu 21,1% da área total.
“Os preços do milho estão ligeiramente mais altos em Chicago, tendo como motivos para a melhora o bom desempenho das exportações norte-americanas e os atrasos que a colheita brasileira continua apresentando, apesar da aceleração da colheita de soja”, completa.
Já o trigo segue em queda em Chicago, com o contrato para março a US$ 596,25 por bushel (-3,75), refletindo realização de lucros após ganhos recentes. No Brasil, o trigo manteve leve valorização, com os preços Cepea atingindo R$ 1.441,31 no Paraná (+0,02%) e R$ 1.324,34 no Rio Grande do Sul (+0,19%). As negociações sobre um plano de paz no Mar Negro influenciam o mercado, mas a ausência da Ucrânia nas tratativas limita os impactos sobre os preços.
