Agrolink – Leonardo Gottems
O Instituto Brasileiro do feijão e Pulses (IBRAFE) informou que Minas Gerais registrou uma movimentação mais intensa no mercado de feijão-carioca nos últimos dias. Os negócios envolveram grãos de qualidades variadas, com notas entre 7,5 e 8,5, e valores negociados entre R$ 200 e R$ 260 a saca, a depender da região. Essa movimentação reforça o protagonismo mineiro no abastecimento do produto neste momento da entressafra.
Apesar da ampla faixa de negociação, há incertezas no mercado quanto à real disponibilidade de feijão classificado como nota 8,5 em câmaras frias. Essa dúvida tem gerado questionamentos entre compradores e analistas, uma vez que a presença de grãos efetivamente superiores pode ser menor do que o indicado nas classificações comerciais. Isso pode impactar diretamente a precificação e a confiança nas transações futuras.
No Noroeste de Minas, por exemplo, grãos comerciais que há cerca de duas semanas estavam cotados a R$ 190, hoje chegam a R$ 210, mesmo sem melhorias visíveis na qualidade. Corretores da região relatam dificuldades em atender a pedidos dentro dessa faixa de preço, sugerindo uma oferta mais restrita de feijão nas classificações médias, entre 7,5 e 8,5. Essa tendência de menor disponibilidade também é observada em outras regiões produtoras, como Goiás.
O IBRAFE também destacou, em sua análise voltada ao Clube Premier, informações relevantes e surpreendentes sobre a atual safra do Paraná. O clube é uma plataforma voltada a profissionais do setor que buscam atualizações exclusivas e aprofundadas sobre o mercado. Segundo o Instituto, acompanhar essas dinâmicas é essencial para quem deseja atuar com assertividade em um cenário que se mostra cada vez mais volátil.