Agrolink – Leonardo Gottems
Segundo matéria da Fast Company Brasil, o transporte marítimo desempenha um papel essencial na economia internacional, movimentando diariamente carregamentos como soja e recebendo milhões de passageiros em cruzeiros turísticos. No entanto, essa importância logística tem um custo ambiental significativo: o setor é responsável por cerca de 3% das emissões globais de gases de efeito estufa, número comparável às emissões totais da Alemanha.
Mesmo produtos com selo de sustentabilidade, quando exportados, acabam gerando emissões consideráveis durante o transporte, a menos que sejam produzidos e consumidos localmente ou enviados por caminhões elétricos. Isso evidencia o dilema ambiental enfrentado por empresas e consumidores preocupados com a pegada de carbono de seus produtos.
Apesar do impacto, a descarbonização do transporte marítimo enfrenta sérios obstáculos. A eletrificação total de navios que cruzam oceanos como o Atlântico ou o Pacífico ainda não é viável. As baterias necessárias são extremamente pesadas, e a infraestrutura global carece de pontos adequados para recarga, dificultando a implementação dessa solução em larga escala.
Especialistas apontam que, para enfrentar esse desafio, será necessário o avanço e a rápida adoção de novas tecnologias. Soluções alternativas, como combustíveis verdes e sistemas híbridos, estão sendo estudadas, mas o progresso ainda é lento frente à urgência climática. O futuro do transporte marítimo sustentável depende, portanto, de investimentos robustos em inovação e de regulamentações internacionais mais rígidas.
