Agrolink – Leonardo Gottems
As informações divulgadas no LinkedIn por Ivan Medeiros, Diretor de Serviços e Soluções Conectadas na Nissey Máquinas, destacam o expressivo aumento dos preços do café desde novembro de 2024. O valor da commodity subiu aproximadamente 70%, alcançando um recorde de US$ 4,30 por libra-peso em fevereiro de 2025, com a saca de 60 kg cotada em torno de R$ 2.500,00. Apesar da expectativa de uma safra robusta no Brasil e no Vietnã, que pode reduzir os preços do arábica em até 30% até o final do ano, a tendência no curto prazo ainda é de manutenção em patamares elevados.
Diante desse cenário, surgem oportunidades estratégicas para diferentes perfis de produtores. Pequenos e médios cafeicultores podem investir na torrefação própria e no marketing direto ao consumidor, reduzindo a dependência de intermediários e agregando valor ao produto. Essa abordagem permite maior controle sobre a qualidade e a precificação, além de atender à demanda crescente por cafés especiais e rastreáveis.
Já os grandes produtores acompanham a expansão do consumo em mercados emergentes, como China e Rússia. O crescimento da demanda nesses países abre novas possibilidades de exportação e diversificação comercial, reduzindo a dependência de mercados tradicionais. Estratégias como parcerias com distribuidores locais e ampliação da presença digital podem fortalecer a competitividade internacional do café brasileiro.
No atual momento de alta dos preços, as oportunidades variam conforme o perfil do produtor. Enquanto uns podem focar na valorização do produto no mercado interno, outros têm a chance de explorar novas fronteiras comerciais.