Agrolink – Leonardo Gottems
Segundo a Embrapa, cerca de 60% das pastagens no Brasil apresentam algum grau de degradação, o que impacta diretamente a produtividade e a rentabilidade da pecuária. Para evitar que o restante também entre nesse ciclo, é fundamental investir em boas práticas de manejo, uso de sementes de qualidade e assistência técnica. O zootecnista Wayron de Castro, da Soesp Advanced, reforça que o pasto deve ser tratado como um ativo essencial da fazenda, exigindo gestão e manutenção constantes.
Entre os principais fatores que levam à perda de vigor das pastagens estão a ausência de adubação, manejo inadequado da lotação animal, variações climáticas, compactação do solo e a escolha errada da espécie forrageira. De acordo com Castro, sinais como o surgimento de plantas daninhas indicam que o solo está desequilibrado e precisa de ação imediata para evitar maiores prejuízos.
Práticas como adubação regular, rotacionamento das áreas de pastejo, uso de tecnologias como drones e sensores, e sistemas integrados como a Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF) têm se mostrado eficazes para manter a produtividade do pasto e reduzir custos.
Apesar do avanço tecnológico, o maior desafio ainda é fazer o básico bem feito: manejo correto e solo bem cuidado. A tendência é que práticas sustentáveis e o desenvolvimento de novas cultivares forrageiras ganhem força, oferecendo mais estabilidade ao produtor. Para garantir sucesso, o especialista destaca a importância da capacitação da equipe e do suporte técnico qualificado.
“O pecuarista precisa encarar o pasto como um ativo essencial, que precisa de manutenção e investimentos constantes”, destaca. “Quando o solo começa a receber mais incidência de luz, as invasoras germinam e se proliferam rapidamente. Isso indica que a fertilidade do solo não está adequada e que é preciso agir antes que a situação piore”, endossa o especialista.
