Agrolink – Leonardo Gottems
Mato Grosso do Sul enfrenta em 2024 um dos piores cenários ambientais dos últimos anos, com 2.057.400 hectares devastados pelo fogo, um aumento superior a 55% em comparação aos 1.328.700 hectares registrados em 2023. Os focos de calor também tiveram alta expressiva, mais que dobrando em um ano: passaram de 4.592 para 11.993. Os dados foram apresentados durante o lançamento da 13ª edição da campanha Fogo Zero, promovida pela Reflore – MS, em Campo Grande.
“O drone virou nossos olhos no alto. Ele enxerga o que a gente não vê do chão e nos dá vantagem no tempo de resposta. Cada minuto faz diferença quando o fogo começa”, Alex Mário Oliveira, gerente de Prevenção e Combate a Incêndio da MS Florestal.
Em resposta ao avanço das queimadas, o setor florestal tem intensificado suas ações de prevenção e combate. A MS Florestal ampliou investimentos em tecnologia e capacitação, com destaque para a utilização de drones equipados com sensores térmicos, que possibilitam a detecção precoce de focos de calor em áreas de difícil acesso, garantindo uma resposta mais rápida e eficiente.
As forças de segurança e as empresas florestais têm atuado de forma integrada, reforçando treinamentos, equipamentos e estratégias de atuação. Mesmo com chuvas recentes, o risco de incêndios permanece elevado, exigindo vigilância constante e cooperação entre os diversos agentes envolvidos no enfrentamento aos focos.
A força do setor florestal também foi evidenciada por Frederico Stella, diretor-secretário do Sistema Famasul. “O crescimento do setor florestal nos últimos três anos foi fantástico — e continua crescendo. Hoje, esse setor desbancou até o complexo da soja nas exportações, o que mostra sua força e relevância.”
Além da campanha de conscientização, foi iniciada a III Jornada Florestal, também organizada pela Reflore – MS. A ação percorre viveiros e indústrias em várias regiões do estado, promovendo o intercâmbio de experiências e fortalecendo a cultura da prevenção.
