Agrolink – Leonardo Gottems
De acordo com a TF Agroeconômica, os mercados internacionais começaram esta terça-feira (28) com movimentos mistos, refletindo os dados do USDA sobre as condições das lavouras nos Estados Unidos. O trigo sobe forte, enquanto soja e milho operam com leves oscilações.
No mercado de trigo, Chicago registra alta com Julho/25 a US$ 533,00 (+4,50) e Dezembro/25 a US$ 571,75 (+4,25). O avanço reflete a piora nas condições das lavouras. O trigo de inverno caiu de 52% para 50% em boas/excelentes condições, abaixo dos 53% esperados. No trigo de primavera, o cenário é mais crítico, com apenas 45% em boas condições, bem abaixo dos 71% projetados. No Brasil, o CEPEA Paraná recuou para R$ 1.537,32 (-0,61%) e o CEPEA RS ficou estável em R$ 1.362,60. “O trigo está sendo negociado em alta nos mercados dos EUA, influenciado pela piora nas condições da safra relatada ontem pelo USDA”, comenta.
A soja opera em leve baixa na CBOT, com Julho/25 a US$ 1.060,00 (-2,50). A pressão vem do ritmo acelerado do plantio nos EUA, que atingiu 76% da área, superando tanto a média de cinco anos (68%) quanto os 66% da semana passada. O excesso de chuvas na Argentina, porém, limita as quedas, com risco de perdas na safra. No Brasil, o CEPEA Paraná recuou 0,52%, para R$ 128,01 a saca. “A soja está sendo negociada em leve baixa nesta manhã em Chicago devido à falta de notícias animadoras do setor exportador e à taxa de plantio de 25/26 nos Estados Unidos, que permanece acima dos anos anteriores”, completa.
O milho sobe levemente em Chicago, cotado a US$ 461,50 (+2,00), puxado pela piora nas condições das lavouras, que ficaram em 68% boas/excelentes, abaixo dos 73% esperados. A preocupação maior está em Ohio, onde apenas 54% da área foi plantada, frente a 74% no mesmo período de 2024. No mercado interno, o milho CEPEA caiu para R$ 70,82 (-0,59%), acumulando queda de 11,62% no mês. “Os preços do milho estão ligeiramente mais altos em Chicago, devido ao relatório de safra do USDA divulgado ontem. Primeiro, porque a condição das plantas está significativamente pior do que o esperado”, conclui.
